Polícia / Caso Décio Sá
"Estou muito arrependido", garante assassino de Décio Sá
"Não quero mais essa vida pra mim, quero mudar de vida", disse Jhonatan Sousa Silva em audiência .
Pedro Sobrinho e Jacelena Dourado/Imirante.com
SÃO LUÍS - O assassino confesso Jhonatan Sousa Silva muda a versão em
audiência do processo que investiga o assassinato do jornalista Décio
Sá. Ele disse ao juiz Márcio Brandão, da 1ª Vara do Tribunal do Júri,
disse conhecer apenas o José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior
Bolinha”, que o contratou para matar o jornalista. Ele confessou que a
proposta para matar Décio foi de R$ 100 mil, mas só recebeu R$ 15 mil.
Jhonatan
disse não ter certeza dos nomes dos mandantes. Ele negou conhecer
Gláucio Alencar Pontes Carvalho, o pai dele José de Alencar Miranda
Carvalho, Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Bochecha, Fábio Aurélio
Saraiva Silva, o “Fábio Capita", acusados em inquérito policial por
envolvimento no assassinato do jornalista. Jhonatan relatou ao juiz que
os nomes dessas pessoas foram citadas durante investigação por pressão
da polícia. O pistoleiro mudou a identidade da pessoa que o teria levado
de moto após cometer o crime.
Diante da Justiça, a
pessoa citada pelo assassino confesso foi o de Marco Antônio Sousa
Santos, o "Neguinho Barrão", que trabalhava no sítio do Júnior Bolinha.
Jhonatan disse ter conhecido "Neguinho Barrão" em um bar em Santa Inês,
em 2010, sendo apresentado por ele ao Júnior Bolinha.
Quando
indagado sobre a quantidade de crimes que teria cometido, o assassino
afirmou: "Eu já fiz crimes sim, respondo por eles e respondo quatro
processos por homicídios, mas não foram por encomenda. Os primeiros
foram de Décio Sá e Fabio Brasil. Só fiz isso porque tava precisando de
dinheiro. Sei que nada justifica tirar a vida de alguém. Nem por
dinheiro...Eu não quero falar sobre isso, me sinto mal. Desculpe,
doutor, não quero falar, nem consigo me expressar. Desculpe", disse
Jhonatan. "Estou muito arrependido. Se eu pudesse voltar atrás, eu não
faria o que fiz com o jornalista Décio Sá. Não quero mais essa vida pra
mim, quero mudar de vida, criar meus filhos. Isso faz todo mundo sofrer,
mas quem sofre muito mais é minha mãe e meus filhos. Tenho consciência,
quero pagar pra Justica o que devo, quero uma vida diferente. Acredito
que todo mundo tem uma segunda chance e vou aproveitar essa chance que
estou tendo", afirmou.
Questionado pelo juiz,
Jhonatan disse, ainda, que foi pressionado pela polícia nos depoimentos
anteriores. "A polícia me obrigava a fazer o que eles queriam, me
ameaçavam se eu não fizesse o que eles queriam. Falavam que eu ia morrer
logo no Centro de Triagem de Pedrinhas e que iam matar meu primo
também. Prefiro não citar os nomes de quem me ameaçava, pois hoje to no
presídio federal", acrescentou.
Jhonatan reafirmou,
também, que veio para São Luís quatro meses antes do crime e que tinha
esperanças de recuperar a arma que jogou no mar, tendo sido entregue por
Neguinho Barrão e, ainda, teria custado R$ 2.500 reais.
FONTE:IMIRANTE.
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