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quarta-feira, 10 de julho de 2013


Projeto realiza castração de gatos abandonados em SL

A coordenação afirma que o Projeto Felinos Urbanos está vivendo um de seus momentos mais difíceis.





SÃO LUÍS - Desenvolvendo um trabalho de controle populacional de animais de rua em São Luís desde 2011, o Projeto Felinos Urbanos está enfrentando, atualmente, um de seus maiores desafios. Isso porque a coordenação do projeto decidiu atuar em uma colônia de gatos abandonados na região do Bacanga, onde captura os felinos, encaminha-os à castração e tratamento veterinário para, em seguida, devolver os bichos ao local de origem. Sobre o novo local de atuação do projeto, a idealizadora do Felinos Urbanos, Otávia Melo, explica: "Aproximadamente 40 gatos foram abandonados pelas pessoas ao redor e sobrevivem em um local insalubre e perigoso pela presença de usuários de drogas nas proximidades".


A coordenadora do Felinos Urbanos, que batizou o local de colônia "Beira do Rio", lembra que este não é o único ponto de abandono de animais na cidade. O projeto já cuidou de outras colônias, a maior delas no bairro da Praia Grande. A proposta é adotar a prática do C.E.D. (Captura, Esterilização e Devolução), que já existe em outras cidades do Brasil e do mundo. Otávia argumenta que é humanamente impossível encontrar famílias para todos os gatos abandonados da cidade. "Uma campanha de castração publica, juntamente com a conscientização em relação a guarda responsável e maus tratos é fundamental e a única saída para uma mudança significativa de realidade", diz a coordenadora do projeto.
Na colônia da Beira do Rio, são encontrados vários filhotes abandonados dentro de caixas de papelão, muitos recém-nascidos e sem chance alguma de sobreviverem. Otávia reclama que fêmeas são abandonadas quando entram no primeiro cio ou engravidam e que, mesmo quando os donos possuem recursos para castração, eles não o fazem e não veem problemas em abandonar o animal. Ela diz, também, que o ciclo reprodutivo dos gatos é bem mais prolífero do que os cães. Para se ter uma ideia, uma só gata, até completar o seu primeiro ano de idade, pode ser responsável por 30 novos filhotes.


Por conta disso, Otávia defende a castração como a principal forma de luta pelo bem-estar animal. "A primeira causa responsável por estes bichos é a ausência de políticas públicas que coloquem a castração como prioridade para evitar não somente zoonoses, mas também a superpopulação de animais e o abandono", comenta. O Felinos Urbanos já contabiliza 29 gatos castrados na colônia da Beira do Rio, e anunciou que vai começar a oferecer esterilização gratuita para os animais de pessoas carentes da região. A coordenação do projeto afirma que seu trabalho sobrevive de doações e recursos próprios, realizando o trabalho que a prefeitura e órgãos públicos deveriam fazer.
Posicionamento da prefeitura
Devido às denúncias de maus-tratos e falta de infraestrutura feitas no ano passado, o Centro de Controle de Zoonoses da capital maranhense continua parcialmente interditado. Questionada sobre a situação apontada pela coordenadora do Projeto Felinos Urbanos, a Prefeitura de São Luís enviou a seguinte nota:
"A Secretaria de Saúde (Semus) informa que o Centro de Zoonoses está realizando ações de vacinação, seguindo agenda de campanhas, verificação e acompanhamento de animais e famílias com suspeitas de terem contraído o vírus da raiva. Quanto à reabertura do Centro, está em fase de reforma e adequações nas instalações exigidas pelo Ministério Público".
Entenda o que é o C.E.D.
A técnica da 'Captura, Esterilização e Devolução' tem o objetivo de conter o crescimento das populações de animais de rua. No caso dos gatos, são utilizados equipamentos denominados 'gatoeiras' para capturar os bichos. Eles são encaminhados a uma clínica veterinária, onde são submetidos a cirurgia de castração. Em seguida, os felinos recebem um pequeno corte na orelha, sinalização universal para animais castrados. Quando recuperados, são encaminhados de volta ao seu local de origem.
O C.E.D. já é praticado há bastante tempo em cidades dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, onde as autoridades firmaram parceria com protetores de animais, liberando recursos para tratamento dos animais. No Brasil, existem cidades onde a técnica é desenvolvida por ONGs como a "Confraria de Miados e Latidos", em São Paulo, e a "Gatos Encantados", no Rio de Janeiro. No Maranhão, o "Felinos Urbanos" foi pioneiro na prática, tendo castrado 440 animais desde a criação do projeto.


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